quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Por uma maternidade mais consciente






Quando eu descobri que estava grávida da Mª Cecilia, procurei saber mais  com quem tinha experiência sobre o que me esperava lá na frente. Achava que cabia ao médico escolher como o bebê nasceria e que eu deveria cooperar para ser bem atendida, que se meu leite fosse fraco, as fórmulas estavam ai pra isso. Colo estraga a criança e que na fragilidade do meu 'estado gravídico' eu era uma mãezinha que deveria ser cuidada. Sim acreditei nisso  e me deixei levar, assim como as mulheres que me passaram isso. Não as julgo. Não sei se tiveram acesso as informações, ou se tiveram chance de reagir.
Até que resolvi obter informações de pessoas diferentes, e fui atrás de blogs maternos. Li e reli muitos relatos sobre partos, sobre amamentação, criação com apego. Aprendi (e ainda aprendo) sobre violência obstétrica, feminismo e sobre todos os erros que poderiam ser evitados para melhorar a vida e o desenvolvimento da minha cria. Todas aquelas desculpas do tipo 'fiz isso pro meu filho e ele tá vivo" caíram por terra. Foi como se um cabresto tivesse sido arrancado do meu rosto.
Mas vou te falar é muito DIFÍCIL reconstruir todos os seus conceitos e opiniões e seguir por um caminho que te deixa distante da sua zona de conforto,que até então é a única maneira de fazer as coisas que você conhecia. "Bater de frente" com o comodismo e com pessoas que não aceitam essa maneira de criar seus filhos é muito desgastante e chato, mas se faz necessário. Geralmente a pessoa entra em auto-defesa querendo justificar que  'do jeito de sempre deu certo', como se ter um filho que sobreviveu aos erros fosse o bastante, sem levar em consideração as marcas que foram deixadas. Não sou juiz pra julgar ninguém, ERRO E ERRO MUITO!!! Mas a maternidade nos faz querer ser pessoas melhores e porque não nos tornarmos para formar pessoas melhores! Ser mãe não é fácil. Com os erros da primeira quero aprender pra ser melhor agora. Será mais fácil? Não! Vão ser duas vidas sob a minha responsabilidade e na do Allan também.
Tivemos e ainda temos muita ajuda com a Mª Cecilia e com certeza teremos com a Helena também, mas não vamos colocar o cabresto novamente: a responsabilidade é nossa. São nossas filhas, nossas prioridades. Além do que, dar muito espaço pra muita gente mais atrapalham do que ajuda.
E o que fazer com tantas informações e com as dificuldades? Deixar pra lá e ser mais uma mãezinha? Não! Respire fundo, veja o que é melhor pra seus filhos, saia do lugar de sempre e siga em frente. Mesmo que por caminhos ainda desconhecidos.

Um comentário:

  1. É exatamente isso, a gente sempre acaba notando como aquela transformação terá de ser muito mais profunda do que imaginávamos. Muitas vezes dói. Porque sair das nossas zonas de conforto dói, incomoda, e não somente a nós.
    Durante muiiito tempo eu tentava justificar todasss as minhas atitudes com a Bia para familiares, tentava mostrar as evidências, tudo aquilo que li para ver se eles tinham a mesma iluminação que eu tive, daí eu desisti. Agora eu falo: é minha, faço como achar melhor. Sei que não é a melhor maneira de fazer, mas é melhor do que simplesmente não fazer!

    Beijo, e continue sempre saindo da sua zona de conforto!

    Isabela Kanupp
    www.parabeatriz.com

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